Provavelmente, você já ouviu a frase: “não vale mais a pena investir em Tesouro Direto, pois a rentabilidade dele caiu muito”. Esse tipo de afirmação começou a aparecer no final de 2016, quando a taxa Selic apresentou seus primeiros sinais de queda.
De lá para cá, esse índice caiu bastante e ele interfere diretamente na remuneração do Tesouro Direto e de outros investimentos de renda fixa. Só para você ter uma ideia, de fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018, a Selic foi de 12,25% a.a. (ao ano) para 6,75%. Depois, ela teve mais uma queda e estabilizou.
Só que isso não responde se vale ou não a pena investir em Tesouro Direto, não é mesmo? Então, para entender um pouco melhor o cenário atual e descobrir quais investimentos ainda são vantajosos, continue a leitura!
Por que a Selic é tão importante?
A Selic é conhecida como taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é um sistema computadorizado usado pelo Banco Central para controlar a emissão, compra e venda de títulos. Dessa forma, o governo tem acesso aos juros praticados e pode fazer uma média ponderada e ajustada.
Sendo assim, quando a inflação e a inadimplência sobem, os juros do país tendem a se elevar, e a taxa Selic também aumenta, como aconteceu em 2015 e 2016. Por outro lado, se a economia fica mais estável e o número de adimplentes aumenta, os bancos reduzem as taxas de juros para estimular o acesso ao crédito.
Como resultado desse processo, uma economia estável e com inflação controlada acaba gerando uma taxa de juros básica menor. Esse tipo de mudança não acontece do nada, você pode antecipar essas variações se acompanhar as notícias do mercado financeiro.
Mas o que isso tem a ver com o Tesouro Direto?
Essas oscilações acabam por demonstrar uma melhora na economia brasileira. Entretanto, os investidores que preferem o Tesouro Direto sofrem, já que o título mais buscado é indexado (calculado com base) na Selic.
Logo, quanto melhor for a economia e menores forem os juros, menos os investidores ganharão com esse título público.
Os investimentos de renda fixa ainda valem a pena?
Apesar dessa situação, ainda há investidores que gostam do Tesouro Direto em função da segurança e facilidade. Só que ele não é o único investimento que apresenta essas características.
Existem aplicações de renda fixa que são quase tão seguras quanto os títulos públicos, mas que oferecem rentabilidades maiores. A seguir, falaremos de duas delas. Confira!
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Muito famoso entre as pessoas que estão começando a investir, o CDB é uma aplicação segura, simples e com rentabilidade atraente. Além disso, esse tipo de investimento pode atrair vários públicos, já que o valor mínimo a ser investido, tempo de espera para resgatar o dinheiro e rentabilidade variam bastante.
Essa aplicação funciona da seguinte maneira: quando os bancos precisam recolher recursos, eles emitem títulos. O investidor adquire esses papéis e dá seu dinheiro para o banco. Essa instituição lucra ao emprestar esse dinheiro para outras pessoas e passa parte da rentabilidade para os investidores.
O problema é que grande partes do bancos tradicionais possuem CDBs pouco atrativos para os investidores em geral. Para ter acesso à um CDB vantajoso, o investidor deve procurar um banco de investimento ou corretora.
Nessas plataformas você consegue encontrar CDBs que pagam mais de 120% do CDI e com investimento mínimo de R$ 1.000,00. Além disso, esse investimento conta com a vantagem de ter seu dinheiro protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito.
Letra de Crédito (LC)
A rentabilidade das Letras de Crédito funcionam da mesma forma que os CDBs. O investidor recebe um título e entrega seu dinheiro. Ao final do período, a instituição emissora paga juros pelo empréstimo.
Entretanto, as Letras de Crédito tem algumas diferenças quando comparamos com os CDBs. Em primeiro lugar, esses títulos têm um destino muito bem definido; o dinheiro dos investidores só pode ser usado para financiar o setor Imobiliário (LCI) e o Agronegócio (LCA).
Graças ao impacto que essas áreas têm no país, os investimentos nelas são incentivados. Assim, diferente do CDB, quem opta por aplicar em Letras de Crédito não paga Imposto de Renda.
Apesar das vantagens, existe uma ressalva quanto às Letras de Crédito. Nem todo investidor consegue esse tipo de título. Os investimentos iniciais são mais elevados, sendo o mais comum o de R$ 5 mil. Além disso, o resgate do dinheiro acontece só no vencimento, e isso pode variar de alguns meses a vários anos.
E as opções em renda variável?
Se essas aplicações de renda fixa não chamaram sua atenção, existe mais uma alternativa que pode lhe atrair. Estamos falando da renda variável. Nessa modalidade de investimentos, os riscos são maiores, mas as rentabilidades são bem mais atrativas.
Veja dois exemplos de investimento em renda variável que são mais atrativos que o Tesouro Direto!
Ações
As opções mais conhecidas da renda variável são as ações. E o que são esses papéis? As ações são fragmentos do capital social de uma empresa. Se pensarmos nas companhias por seu valor de mercado, cada ação corresponde a uma porcentagem do montante total.
Quem investe em ações pode usar de várias estratégias para conseguir boas rentabilidades. Alguns investidores preferem comprar papéis a todo momento, aproveitando das oscilações para vendê-los rapidamente e já conseguir lucro.
Entretanto, essa estratégia exige muito tempo dedicado por parte do investidor. Além dela, existe também a opção de comprar ações apostando no crescimento da empresa. Assim, você investe seu dinheiro a longo prazo e pode ter excelentes rentabilidades, caso acerte na sua leitura de mercado.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento são outra opção que atrai muito a atenção dos investidores. Nesse tipo de aplicação, cada pessoa adquire uma cota em um fundo. Ele conta com vários ativos, e quem faz a seleção deles é o gestor.
Assim, os investidores envolvidos compartilham a rentabilidade de todos os investimentos da carteira, bem como os prejuízos. Dessa forma, você pode aproveitar da renda variável e deixar a escolha dos melhores ativos na mão de um profissional com experiência no mercado financeiro.
Então, investir em Tesouro Direto é errado?
Quando comparamos a rentabilidade dos investimentos que apresentamos aqui com o Tesouro Direto, vemos uma certa diferença. Entretanto, o Tesouro é o investimento mais conservador do país, além de ser fácil de investir.
Sua rentabilidade não supera outras aplicações, mas ele ainda é melhor do que a poupança, por exemplo. Como dá para retirar o dinheiro do Tesouro Selic a qualquer momento, você pode usá-lo para guardar seu dinheiro enquanto não decide qual investimento deve fazer.
Lembre-se: não importa se investir em Tesouro Direto é mais ou menos vantajoso que outras aplicações. O importante é que ele consegue fazer o que a poupança não faz: superar a inflação e trazer um pouco de rentabilidade para o investidor.
Se você ainda ficou com alguma dúvida ou precisa de ajuda para escolher o melhor investimento, nós podemos ajudar. Entre em contato com a gente. Esperamos o seu contato!