A alavancagem na Bolsa de Valores é uma técnica que permite ampliar os resultados conquistados. Se formos comparar, é como uma espécie de limite de crédito, com o qual você pode investir mais do que realmente tem na conta. Se tudo sair conforme o esperado, os ganhos também se multiplicam.
Entre os tipos existentes, estão o aluguel de ações, o mercado de opções e o mercado futuro. No entanto, é preciso reconhecer os riscos e execução da etapa, de modo a não comprometer o seu patrimônio.
Para ajudar você, vamos explicar aqui como essa alternativa funciona e como colocá-la em prática da melhor maneira!
Como funcionam as modalidades desse processo?
De forma simples, a alavancagem corresponde à movimentação de um valor maior do que o seu patrimônio. Geralmente, ele é disponibilizado pela própria corretora e tudo depende do seu perfil.
Imagine que você tem R$ 25 mil para investir. Em uma alavancagem de quatro vezes, demarca posições de R$ 100 mil na bolsa de valores. Se as ações valorizarem 10%, receberá R$ 110 mil. Isso significa um lucro de R$ 10 mil, o qual corresponde a 40% do patrimônio inicial. Se as perdas também forem de 10%, terá que pagar R$ 10 mil.
No cenário, há vários tipos de alavancagem. A de curtíssimo prazo é a day trade, em que ações são compradas e vendidas no mesmo dia. Com a valorização dos papéis, você consegue aumentar o montante obtido.
Também é possível comprar e vender papéis do mercado futuro e de várias alternativas, como commodities. Assim, há uma grande versatilidade em adotar essa abordagem.
Quais são os riscos associados?
Ao mesmo tempo, há diversas ameaças associadas — inclusive, até maiores que em relação à renda variável. O maior deles ocorre sobre as perdas. A lógica é simples: se os ganhos são multiplicados, os prejuízos também.
Pense em alguém que dispõe de R$ 10 mil para aplicar. Se os papéis perdem 20% do valor, a perda total é de R$ 2 mil. Porém, se essa mesma pessoa faz alavancagem na bolsa de valores de 5 vezes, o investimento é de R$ 50 mil. Com uma desvalorização de 20%, o prejuízo é de R$ 10 mil — ou seja, todo o capital inicial. Há, portanto, um revés que é 500% maior, isso pode colocar o patrimônio em risco.
Também existe a possibilidade de sofrer com perdas posteriores. Para alavancar os investimentos, é necessário oferecer garantias, como títulos do Tesouro Direto. Depois da operação, é preciso pagar o montante com a rentabilidade obtida.
Considere essa alavancagem de R$ 50 mil. Você tinha R$ 10 mil, então “pegou” R$ 40 mil. No final da operação, recebeu, exatamente, R$ 40 mil. Esse valor deve ser pago para a corretora integralmente — inclusive, com possíveis taxas extras. Em caso de descumprimento, você perde o crédito e tem que arcar com os diversos juros.
Sem o devido planejamento, a ação que serviria para ajudar a construir patrimônio acaba corroendo os seus números.
Como preveni-los?
Os riscos fazem parte das operações de alavancagem na bolsa de valores. No entanto, é possível agir para reduzi-los ou, no mínimo, diminuir o seu impacto. A seguir, veja como se proteger nesse sentido.
Tenha noção sobre a situação do mercado
Na hora de fazer qualquer investimento financeiro, é sempre importante ficar de olho no mercado. Isso é ainda mais relevante quando se fala em renda variável e destacável sobre a alavancagem.
É preciso entender como anda o cenário, quais são as melhores oportunidades e onde estão os principais perigos. Tudo depende do mercado em que você pretende aplicar e do tipo de operação, como se ela é de curto prazo ou futuro. Faça um bom estudo, acompanhe as notícias e, então, defina quais são as empresas adequadas.
Evite alavancagens muito grandes
Como visto, os ganhos com as alavancagens são intensos. Porém, as perdas crescem na mesma medida. Buscar uma alavancagem 8 vezes maior que o seu patrimônio significa, também, estar exposto a um prejuízo 8 vezes mais intenso. Então, o ideal é evitar alavancagens excessivas.
Investir o dobro ou o triplo é viável porque permite ter perdas controladas. A partir disso, tudo fica especialmente arriscado. Ao menos para o começo, evite as alavancagens muito grandes e dê preferência para as que não multiplicam tanto o montante aplicado inicialmente.
Entenda quais são os riscos
Na hora de fazer a alavancagem na bolsa de valores, é importante estar preparado para todos os cenários — inclusive, para os prejuízos. Então, é essencial pensar nas possíveis perdas, mesmo que elas sejam indesejáveis.
Isso não significa que você espera ter resultados negativos, mas, sim, que está pronto caso eles se concretizem. Na hora de definir a alavancagem e onde investir, calcule quais são as possíveis quedas e se elas são toleráveis. Assim, é fácil tomar decisões seguras e que estão de acordo com os seus interesses.
Como decidir se essa é uma boa opção?
Não dá para eliminar os riscos da alavancagem na bolsa de valores. Por mais controlados que eles sejam, ainda são maiores que os da renda fixa. Afinal, você pode perder até mais do que o patrimônio inicial e isso gera dívidas.
Então, essa escolha só será adequada se estiver de acordo com o seu perfil de investidor e o seu apetite ao risco. Não adianta querer aproveitar os resultados e, em contrapartida, não ter tolerância para as possíveis perdas.
Antes de direcionar os seus recursos para a alternativa, verifique o seu cenário, as suas condições e os seus interesses. Tenha a certeza que estão alinhados e realmente apontam para tal opção. Com os riscos dimensionados do jeito certo, você tomará decisões ajustadas.
A alavancagem na bolsa de valores é uma excelente possibilidade para ter mais lucros. Ao mesmo tempo, ela apresenta maiores gastos — então, é preciso fazer uma boa análise. Ao considerar todas as questões referentes a essa alternativa, fica fácil decidir se é adequada.
Como são as instituições especializadas que oferecem tal possibilidade, aproveite para descobrir se é seguro aplicar dinheiro em uma corretora.
