Como funciona a Bolsa de Valores? Entenda aqui!

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Ao começar a investir, é muito comum surgirem dúvidas sobre como funciona a Bolsa de Valores. Basicamente, esse é um ambiente para negociações, em que é possível comprar e vender vários ativos — ou seja, tudo aquilo que é negociado no mercado financeiro de renda variável, como ações, câmbio, commodities etc.

A Bolsa de valores foi criada em 23 de agosto de 1890. Passou por mudanças em março de 2017, com a fusão entre BM&FBOVESPA e CETIP e agora se chama B3. A B3 é a empresa responsável por intermediar e fornecer um ambiente controlado para a comercialização de ações, principalmente, e dos demais ativos financeiros nela listados.

Antes de começar a investir na Bolsa, entretanto, é importante estudar o assunto. Mas não se preocupe: esse assunto não é nenhum bicho de sete cabeças!

Continue a leitura deste post para entender como funciona a Bolsa de Valores. Vamos lá?

Como funciona a Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores permite que pessoas físicas e jurídicas negociem ativos por meio de uma plataforma eletrônica. Ela funciona como um ponto de encontro entre compradores e vendedores, e deve garantir que as negociações sejam feitas de forma segura.

Além disso, a B3 também garante que as ações dos seus investidores estarão protegidas na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). A CBLC é a instituição responsável por guardar todos os ativos negociados.

Para começar a negociar ações na Bolsa de Valores, você precisa entender melhor o conceito de ações — e é sobre isso que vamos falar no próximo tópico. Acompanhe.

O que são ações e como são negociadas?

Antes de mais nada, é preciso entender que o termo “ações” representa um pedaço do capital social de uma empresa — ou seja, são frações das empresas que estão sendo vendidas.

Existem dois tipos de ações: preferenciais e ordinárias. As primeiras permitem que o investidor tenha prioridade na distribuição dos dividendos e no reembolso do capital. Já as ações ordinárias permitem a participação do acionista nos resultados da empresa e conferem o direito a voto nas assembleias.

Na Bolsa, é possível encontrar ações da Petrobrás, do Banco do Brasil ou do Itaú, por exemplo. Essas ações podem ser compradas em grande quantidade ou em partes (frações). Independentemente da quantidade de ações que um investidor compra, ele passa a ser considerado sócio da companhia.

O sócio tem o direito de participar dos lucros da empresa, de forma proporcional à sua parte. Isso significa que quanto maior for o investimento, maior será o retorno. Entretanto, devemos lembrar que o risco também é proporcional à aplicação.

As ações são negociadas na Bolsa de Valores por um sistema oferecido pelas corretoras e pelos bancos, chamado Home Broker. Por meio dessa plataforma, o investidor acessa diversas funcionalidades diretamente no seu navegador e pode fazer a negociação na Bolsa.

Quanto às ofertas públicas de ações, elas podem ser primárias ou secundárias. O investidor que realiza a reserva das ações e, posteriormente, as mantém guardadas é conhecido como investidor primário. Quando ele decide negociá-las e envia uma ordem de venda, inicia-se o mercado secundário. A seguir, saiba mais como esse mercado funciona.

O que é mercado primário e secundário?

A partir da Oferta Pública Inicial (IPO) as empresas oferecem as ações e os investidores começam a negociar ofertas de compra e venda. Isso é o que chamamos de mercado primário, o que contribui para delimitar as relações de oferta e demanda.

É no momento do IPO que as empresas levantam fundos para o seu caixa. As demais negociações ocorrem entre os investidores, e o dinheiro movimentado deixa de ir para a empresa.

Após os investidores participarem da Oferta Pública Inicial, surge o mercado secundário. Nesse momento, as pessoas passam a negociar as ações entre elas. Se isso acontecer, o investidor que comprou ações no mercado primário oferece suas ações ao mercado secundário pelo preço que achar conveniente.

Quando as ordens de compra e venda chegam à Bolsa de Valores com o mesmo preço, temos o fechamento do negócio — isso é o que chamamos de mercado secundário. Todo o processo ocorre de forma rápida e por meio do computador.

Quem pode investir na Bolsa de Valores?

Pessoas físicas e jurídicas podem investir. Não é necessário ter muito dinheiro para começar a investir, mas é fundamental que o investidor iniciante entenda qual é o seu perfil e conheça a sua tolerância ao risco. Basicamente, existem três perfis para se encaixar:

  1. o conservador, que não tolera perdas e busca aplicações seguras;
  2. o moderado, que permite algum risco e busca rentabilidade sem se expor;
  3. o arrojado, para ter ganhos no curto prazo com certo risco.

Mesmo que o investimento inicial não seja necessariamente muito alto, é importante considerar os custos operacionais. O impacto dessa despesa pode inviabilizar os seus resultados ou impedir uma diversificação mais adequada.

Afinal, quais são os custos das operações?

Existem dois custos cobrados para investir na Bolsa de Valores, que podem variar conforme a corretora: a taxa de custódia e a taxa de corretagem.

Taxa de custódia 

É cobrada mensalmente, para guardar os seus ativos. A maioria das corretoras não cobra custódia, enquanto os bancos cobram.

Taxa de corretagem

É referente ao valor cobrado em cada ação de compra e venda de ativos. O valor varia de acordo com a corretora (que geralmente não cobra percentual) ou com o banco (que, além da taxa fixa, cobra um percentual sobre a operação). Na XP, por exemplo, são cobrados R$ 18,90 por ordem, enquanto no Itaú são cobrado R$ 10 + 0,03% do montante transacionado.

Depois de conhecer as taxas cobradas nas operações, é interessante focar na multiplicação do seu patrimônio e no estudo das ações que vão compor sua carteira. Para isso, você precisa realizar algumas análises, conforme o próximo tópico.

Quais são os pilares das análises?

Seja qual for o seu posicionamento e as suas estratégias, é importante dominar as bases das análises para agir com mais consciência de mercado. Análise é um estudo de mercado para indicar tendências e direções das empresas, de forma que você consiga escolher aquela com maior possibilidade de crescimento.

Análise técnica 

Esse tipo de leitura do mercado também é conhecido como análise gráfica, e é o mais aplicado entre os investidores de curto prazo. Para isso, eles analisam o comportamento da cotação das ações em diversos tipos de tempos gráficos.

Aqui, os investidores costumam utilizar várias ferramentas e estratégias distintas, que vamos falar em um outro post mais à frente — como Fibonacci, teoria de Dow, ondas de Elliot, médias móveis, VWAP etc.

Análise fundamentalista

Nesse caso, as leituras do mercado não são feitas com base em gráficos. Nesse tipo de análise o investidor procura olhar os números da empresa, como patrimônio, balanço, lucros passados, preço por ação, valor intrínseco de marca etc.

Dessa forma, ele se posiciona a longo prazo, com a intenção de obter lucro com os dividendos das ações. Ou seja, em vez de ter ganhos com a compra e venda, essas pessoas preferem receber os rendimentos que são pagos aos acionistas pelo percentual dos lucros.

Quem busca se tornar um bom investidor precisa estudar diariamente para entender como funciona a Bolsa de Valores e suas operações. Depois é possível chegar em técnicas e estratégias mais avançadas, que permitem movimentos mais seguros. Lembre-se de que antes de comprar as ações é importante acompanhar os resultados do mercado e buscar informações sobre as empresas nas quais você pensa em investir, analisando o histórico delas.

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