As ações (chamadas de papeis, na linguagem mais popular) consistem em um tipo de investimento classificado como renda variável. Recomenda-se muito cuidado na hora de aplicar seu dinheiro nelas. É importante identificar o momento ideal para comprar os papeis e para passá-los adiante. Vendas e compras realizadas em momentos errados podem gerar grandes perdas para o investidor.
Como acompanha a instabilidade do mercado financeiro, com suas altas e quedas, escolher o momento mais adequado para negociar com as ações é um grande diferencial entre receber lucros ou acumular perdas, entre sair ganhando ou perdendo.
Não se pode investir em ações sem traçar uma estratégia bem definida. Por isso, os especialistas costumam fazer suas análises (análise técnica e análise fundamentalista). Veja qual a hora certa de comprar e vender ações!
Siga a estratégia e não as revistas, os jornais ou os vizinhos
Como falamos, é necessário traçar uma estratégia para investir em ações. E é essa estratégia que você deve seguir. Você não encontrará informações sobre o momento certo de comprar e vender ações nas revistas, nem nos jornais, nem na televisão e nem na opinião dos vizinhos.
É um pouco parecido com o popular Jogo do Bicho. O dono da banca pode até dar boas dicas, baseado no histórico, mas os outros jogadores não sabem que bicho vai dar, apenas dão palpites. O sonho é um referencial que talvez não tenha muita funcionalidade na vida real, mas curiosamente faz parte da estratégia do jogador — e o importante é seguir a estratégia.
No caso das ações, o investidor só ganhará dinheiro a médio e longo prazo se desenvolver uma estratégia que possibilite a ele permanecer alinhado ao cenário mais promissor, que oferece maiores probabilidades.
Também é fundamental que sua estratégia considere os riscos. Você deve gerenciá-los e tentar se proteger mesmo que aconteça o pior.
A virtude mais importante de uma estratégia vencedora é a consistência estatística. Os dados podem revelar muito sobre o momento certo para a compra e a venda de ações.
Se você fica indeciso, abala-se facilmente pelo que ouve ou pelos imprevistos comuns na renda variável, dificilmente você conseguirá seguir sua estratégia — talvez nem consiga traçar uma estratégia efetiva.
Defina um objetivo
Se você deseja investir, deve ter objetivos a alcançar. De modo geral, o objetivo é ganhar dinheiro, mas é preciso ser mais específico. Objetivos bem particulares ajudam a traçar uma boa estratégia e a analisar qual o melhor momento para comprar e para vender, considerando o que você almeja.
A partir de seu objetivo, você definirá o valor do capital inicial e o prazo do investimento, que pode ser curto, médio ou longo. Por meio do Day Trade, é possível comprar e vender ações em um mesmo dia, o que representa um período de investimento bastante curto.
Muitos investidores costumam utilizar o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) como referência para os rendimentos em ações. Eles definem um percentual maior que o CDI. Esse valor percentual é chamado de “prêmio de risco”, porque consiste em uma compensação adicional para o investidor devido à incerteza dos ganhos.
Essa incerteza é característica da renda variável, pois o papel corre o risco de não se valorizar alcançando o preço esperado. A empresa poderá também não obter um lucro líquido satisfatório, o que prejudica a rentabilidade dos acionistas.
Conheça seu perfil
Conheça seu perfil para investir com mais confiança. Se você é conservador, certamente coloca em primeiro lugar a segurança, mesmo que a rentabilidade seja menor. Ou seja, você não quer perder o capital que investiu, nem se arriscar demais para ter rendimentos maiores.
Nesse caso, você pode fazer um investimento de curto ou médio prazo em ações. Também analisará bem o histórico das empresas para comprar ações. De preferência, investirá em empresas que vêm apresentando estabilidade em seu crescimento, com poucas possibilidades de perdas. Outra possibilidade é aplicar em fundos de ações.
O moderado é um meio termo entre o arrojado e o conservador. Ele está disposto a correr alguns riscos a mais para usufruir de uma rentabilidade mais vantajosa.
O arrojado não teme os riscos, desde que os rendimentos sejam maiores. Ele pode comprar e vender ações com frequência, visando às melhores oportunidades. Geralmente, tem objetivos em longo prazo, pois períodos mais longos tendem a envolver lucros maiores também.
Entenda a melhor estratégia conforme o cenário
As estratégias são as armas do investidor. Tal como ocorre nas batalhas, é preciso aplicar a arma correta conforme a situação. O arco e a flecha destinam-se a alcançar alvos distantes e a espada para lutas corpo a corpo. O canhão pode ser usado para afundar navios e destruir cidadelas, mas não é recomendado para invadir um pequeno esconderijo.
As estratégias em ações devem acompanhar a tendência mais importante do mercado financeiro. Se a tendência é a alta no médio prazo, vale a pena traçar estratégias visando ao médio prazo. Ir contra a tendência é como nadar contra a maré — é um risco desnecessário, mesmo para investidores arrojados.
Isso não significa que você não possa “inovar”, indo contra a tendência e obtendo lucros mesmo assim. Mas os investidores que fazem isso calculam bem sua estratégia, apostando geralmente em uma ou mais empresas específicas, que oferecem boas perspectivas, ou prevendo uma reviravolta no mercado.
Tenha sempre um plano B
Comprar e vender ações envolve riscos e o pior pode acontecer. Por isso, você deve contar sempre com um plano B. Por mais que a estratégia seja boa, o mercado financeiro é um ambiente incerto. Por isso, convém contar com um plano alternativo.
O Stop Loss é uma ferramenta valiosa para os investidores, pois possibilita a formulação de um plano B, mostrando um cenário diferente do esperado.
Saiba o momento de recuar e avalie o pullback
O bom estrategista sabe o momento de recuar. Nas batalhas, “bater em retirada” é uma forma de evitar uma situação pior para o exército. Por mais arrojado que você seja, é importante saber recuar. Recuar pode significar diferentes atitudes, como trocar de empresa, evitar comprar, parar o investimento, vender por menos para não ter prejuízos maiores etc.
Um conceito importante quando falamos em ações é o de pullback. Trata-se de uma representação gráfica de uma ideia. Observando esse gráfico, podemos identificar a movimentação de uma ação durante um período em que ocorre uma reversão. A ação passa por uma rápida retração, retornando depois à posição inicial.
As retrações acontecem quase sempre de forma cíclica. Elas ocorrem, mas após determinado período, geralmente curto, as ações voltam a seguir a tendência principal até que nova retração aconteça. Nem sempre o pullback é resultado de crises econômicas nacionais.
Seguindo essas dicas, você conseguirá comprar e vender ações no momento mais propício, controlando melhor os riscos de perdas.
Se ficou interessado em investir em ações, aproveite para ler mais sobre como funciona o investimento em ações e quais os seus benefícios!
