CRI e CRA: o que são e por que você precisa investir?

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O investimento em renda fixa traz oportunidades para todos os perfis. Além dos mais conhecidos, como o Tesouro Direto e CDB, há alternativas que podem ter desempenhos ainda melhores — como no caso do CRI e CRA.

Com características especiais, essas aplicações oferecem uma performance ideal, tanto para quem quer diversificar a carteira quanto para quem busca uma rentabilidade diferenciada.

Na sequência, conheça tudo sobre o CRI e CRA e entenda como recorrer a cada certificado!

Quais as diferenças entre CRI e CRA?

A sigla CRI corresponde ao Certificado de Recebíveis Imobiliários. Trata-se de um título em que o investidor oferece recursos que são utilizados no mercado imobiliário. Em troca, recebe o valor aplicado mais uma rentabilidade, dentro do prazo especificado. Por suas características, é bastante semelhante à Letra de Crédito Imobiliário (LCI).

Já o CRA, Certificado de Recebíveis do Agronegócio, em termos de estrutura, é igual ao CRI — a única diferença é o lastro, que é voltado para o mercado do agronegócio. É, de certa maneira, um equivalente à Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).

Para quem essas opções são mais indicadas?

De forma geral, CRI e CRA são dois títulos voltados para investidores mais qualificados. Indivíduos com um grande portfólio aplicado ou que fazem partes de certos fundos, normalmente, têm acesso a essa alternativa.

No entanto, a busca crescente por novas e melhores possibilidades de renda fixa tem tornado essa opção acessível. Hoje, já é possível encontrar papéis com valores iniciais um pouco menores, o que facilita o aproveitamento dessa alternativa.

Porém, é necessário tomar cuidado com a questão do tempo. Isso porque, o período de aplicação é maior, atingindo o médio ou longo prazo, sendo necessário lidar com a liquidez reduzida.

Quais são os benefícios do investimento?

Recorrer ao CRI e CRA é uma escolha bem interessante. Afinal, são possibilidades com aspectos bastante positivos para investidores com diversos perfis. A seguir, veja alguns de seus benefícios:

Rentabilidades variadas

Dependendo do tipo de título e do processo de securitização, a rentabilidade é variada. Ela pode ser pré-fixada, que permite conhecer os ganhos no momento de aquisição dos papéis, ou pós-fixada, rendendo com o CDI ou IPCA, que mede a inflação. Já os híbridos oferecem uma taxa fixa e um rendimento de acordo com um indicador.

Essas variações, somadas aos diferentes períodos, permitem que você escolha a alternativa mais conveniente. Desse jeito, é possível aplicar o dinheiro na opção que melhor se encaixa às suas exigências.

Isenção de impostos

A LCA e a LCI são muito famosas por serem isentas do Imposto de Renda. Sem o pagamento para o Fisco, a rentabilidade é atraente. Da mesma forma, o CRI e CRA também não contam com essa obrigação. Embora haja o pagamento de taxa de administração, não há cobranças de IOF. Então, a possibilidade é muito em conta e, inclusive, mais simples de ser administrada.

Possibilidade de diversificação

Diversificar a carteira de investimentos é uma ótima forma de aumentar a segurança das suas aplicações e de obter melhorias na rentabilidade. Por serem acessíveis, os títulos de CRI e CRA são muito indicados.

As variações nos prazos e na rentabilidade também permitem selecionar características diferentes, o que permite ter uma abordagem mais robusta.

Como aplicar o seu dinheiro nessas opções?

Agora que você já conhece os pontos positivos desses investimentos, é hora de saber como agir. Ao considerar os passos principais, fica fácil aproveitar todo o potencial. Na sequência, saiba como investir os seus recursos nesses títulos.

Entenda o funcionamento do título

Antes de decidir se essa aplicação é a melhor para a sua carteira, é fundamental entender o seu funcionamento. Enquanto a LCI e LCA são emitidas por bancos, o CRI e CRA têm emissão das empresas de cada ramo. Para garantir as boas práticas financeiras, há a securitização por um empreendimento especializado.

O investidor, então, passa a ter o direito de receber um fluxo de desempenho financeiro de cada segmento. No caso do CRI, os imóveis na planta oferecem essa possibilidade.

Uma construtora que financiou imóveis na planta, por exemplo, pode solicitar a antecipação de recebíveis e usar o valor completo. Desse modo, a securitizadora é quem passa a receber os pagamentos do financiamento, com parte da rentabilidade distribuída entre os investidores. Ao entender o funcionamento, portanto, você tem mais segurança para tomar uma boa decisão.

Abra a conta em uma boa corretora

As corretoras são as instituições que trazem os melhores papéis. Normalmente, eles combinam rentabilidade, liquidez e segurança. Em vista disso, é muito melhor recorrer a essas possibilidades do que apenas ficar com o que o gerente do banco sugere.

Para isso, selecione uma corretora que ofereça os títulos e faça o cadastro, conforme as recomendações específicas. Não se esqueça de conferir questões como investimento mínimo ou taxa de administração. Ao cumprir essa etapa, você estará próximo da aplicação.

Escolha o certificado ideal para o seu perfil

Embora todos funcionem de forma parecida, cada título tem suas características. Na hora de disponibilizar recursos para CRI e CRA, é preciso pensar no seu perfil de investidor.

Caso você tenha uma atuação conservadora, é melhor selecionar os com tempos menores e que sejam híbridos ou pré-fixados. Já se quiser construir um patrimônio ou diversificar a carteira, os de médio e longo prazo são os ideais.

Também é necessário ficar atento às garantias apresentadas. Veja se há imóveis ou safras como garantia e se as pessoas físicas recebem primeiro. Em alguns casos, as securitizadoras oferecem rentabilidades menores em troca de uma segurança ampliada — e vice-versa.

Veja o rating da empresa que securitiza as dívidas

Uma das características do CRI e CRA é que eles não são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Desse modo, há o risco de crédito, que ocorre quando a securitizadora não consegue pagar o valor combinado.

Para amenizar esse cenário, o melhor é verificar a classificação de cada empresa. O rating serve para definir qual é a probabilidade de a securitizadora realizar os pagamentos. A escala varia de C ou D até AAA. Quanto mais próximo o índice estiver dessa indicação tripla, menor é o risco.

Os títulos de CRI e CRA são ótimas escolhas para quem deseja investir na renda fixa e obter boa rentabilidade. No entanto, é fundamental conhecer todos os passos para poder aplicar com segurança e total preparo.

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