Guia completo para você investir na bolsa de valores

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Se você tem vontade de investir na bolsa de valores, provavelmente já pensou em comprar ações, não é mesmo? Esses ativos são muito populares: eles são criados quando as empresas decidem abrir seu capital social para atrair investidores.

Depois de aberto o capital, as ações da empresa ficam liberadas para a compra e os players (investidores) podem adquiri-las. Quando essas ações entram no mercado pela primeira vez, todo o investimento é direcionado para a empresa.

Depois, esse ativo continua a ser negociado, mas o valor de compra e venda é repassado aos investidores, não mais à companhia que abriu seu capital. Assim, o valor das ações varia de acordo com o valor de mercado da organização.

Mas isso é só o começo! Se você quer investir na bolsa, continue a leitura. Neste post, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Vamos começar?

O que esperar ao investir na bolsa?

A bolsa de valores é um ambiente de negociações incrível! Por lá, tudo pode acontecer: de ganhos astronômicos a perdas enormes. Apesar de isso ser uma realidade, o mais comum é que o valor das ações sofra pequenas oscilações ao longo dos dias.

Por isso, o investidor pode esperar sensações boas e ruins ao investir na bolsa. O fator emocional é realmente algo que interfere nessa aplicação e você precisa estar preparado para o que vai enfrentar.

A seguir, falaremos de algumas das coisas mais comuns que podem acontecer com quem decide investir em ações. Confira!

Quedas

Inevitavelmente, algumas das ações que você comprar vão, sim, ter seu valor de mercado reduzido. Quando isso acontecer, é preciso estar preparado para não tomar decisões equivocadas. As quedas são comuns, mas nem sempre são ruins — tudo depende do contexto.

As quedas podem acontecer por diversos motivos. Então, sempre entenda o que está acontecendo antes de tomar uma decisão apenas com base em uma oscilação inesperada.

Altas

Além das quedas, as altas também são comuns. As valorizações podem acontecer poucos minutos após você comprar ou vender uma ação. Nesses momentos também é preciso cuidado: não é porque uma ação subiu que significa que continuará assim.

Ao mesmo tempo, você não precisa realizar a venda apenas porque uma ação subiu. Existem estratégias para definir qual é o melhor momento para vender uma ação, baseando-se na tendência do ativo.

Pagamentos

Dependendo do tipo de ação que foi adquirida, o investidor também poderá aproveitar dos famosos dividendos. Como o detentor das ações se torna um acionista, alguns desses papéis dão o direito de participar dos lucros da empresa.

Apesar disso, é bom ter cuidado, afinal, o valor que cada empresa repassa a seus sócios varia muito. Além disso, cada companhia tem datas específicas para o pagamento e é fundamental que você consulte essas informações.

Frio na barriga

Altas e baixas constantes, mercado instável e muitas possibilidades de ganho — esse é o cenário da bolsa de valores, muito semelhante a uma montanha-russa. Assim como no brinquedo, o investidor precisa ter paciência para suportar o frio na barriga e, ainda assim, permanecer com a aplicação.

É preciso suportar o desconforto e confiar nas avaliações que você (ou que seu assessor) fez sobre as tendências. Não existe erro mais grave do que investir na bolsa e retirar os investimentos, tendo prejuízo apenas por medo de perder dinheiro.

Desespero

Nenhuma ação está salva da queda. Mesmo as empresas mais sólidas podem sofrer com mudanças na política nacional e internacional, concessões e desastres ambientais. Se algo assim acontecer e alguma de suas ações começar a despencar, provavelmente você ficará desesperado.

Veja o que aconteceu com a Petrobras, por exemplo. A empresa estava estável e mantendo um crescimento constante. Após a greve dos caminhoneiros, o governo começou a mexer nos preços do combustível, o que levou o Pedro Parente, presidente da Petrobras na época, a pedir demissão.

Como resultado, as ações da empresa, que em maio haviam atingido seu valor mais alto em relação aos últimos seis anos, despencaram e voltaram a ter a mesma cotação que no ano anterior.

Felicidade

Assim como cenários negativos podem acabar com o valor de mercado da empresa, também existe a possibilidade de crescimento em função de vários fatores. Dentre os mais comuns, a mudança de gestão, o incentivo fiscal para o setor e o investimento em novos nichos chamam a atenção.

Em casos como esse, a empresa tende a se valorizar e os ganhos do investidor sobem consideravelmente.

Apesar de todos esses cenários malucos e sensações boas e ruins, muitos investidores colocam seu dinheiro na bolsa. Parece um pouco contraditório, mas não é. Vamos falar mais sobre isso no próximo tópico!

Quais são as cinco maiores vantagens de investir na bolsa?

As vantagens de investir nesses ativos são tão interessantes que acabam compensando os pontos negativos. Saiba mais!

1. Você ganha duas vezes

Ao investir na bolsa você tem a oportunidade de ganhar duas vezes. Além da clássica valorização dos papéis, sua carteira pode contar, também, com ativos que pagam dividendos. Então, além de ganhar com o preço da ação, você também pode ter participação nos lucros da empresa.

2. A liquidez das ações é alta

O mercado de ações tem uma excelente liquidez. A qualquer momento você pode emitir uma ordem de venda dos seus papéis e, dependendo da procura e do preço que foi estabelecido, em poucos minutos já é possível resgatar seu capital.

Nesse caso, cabe uma ressalva: é preciso tomar cuidado para que essa venda não seja feita nos momentos de baixa. Faça isso apenas se você precisar muito do dinheiro e não houver outras alternativas.

3. Elas permitem a diversificação dos investimentos

Se você tem acompanhado nosso blog, provavelmente sabe da importância de investir em vários ativos para se proteger, correto? É como naquela velha história que alerta sobre os riscos de colocar todos os ovos em uma cesta só.

Então, se seus investimentos estão todos na renda fixa, algumas ações podem ajudar a diversificar sua carteira. Essa estratégia ajuda a proteger seu patrimônio e, ao mesmo tempo, lhe permite alcançar rentabilidades maiores.

4. O investimento inicial é baixo

Outra coisa bem interessante da bolsa de valores é que ela é muito democrática. Não é preciso ser rico para começar a operar. Com R$ 200,00, por exemplo, você já consegue movimentar algumas ações.

Mas com valores baixos assim, é preciso tomar cuidado com a taxa de corretagem (falaremos dela daqui a pouco).

5. Você investe em empresas

As ações também são uma excelente opção para quem quer fomentar a economia do país e corroborar com o crescimento das empresas. Ao comprar esses papéis, você estimula o mercado e investe diretamente em empresas.

Isso é bem diferente da renda fixa, por exemplo. Nela, seu dinheiro é usado como um empréstimo e seu lucro provém dos juros pagos pela instituição (governo, bancos ou empresas) que solicitou o aporte.

Como escolher as melhores ações?

O melhor conselho que pode ser dado para quem quer investir em ações é: “compre na baixa e venda na alta”. Só que essa dica tem um pequeno problema: você consegue dizer, com exatidão, quando é que a ação está em baixa ou quando é que chegou ao limite de seu crescimento?

Escolher ações é uma tarefa complicada. Existem centenas de opções na bolsa e os gráficos mudam a cada segundo. Por isso, existem duas grandes escolas que buscam encontrar as ações ideais para investir: a técnica e a fundamentalista.

Escola técnica

Focada no preço das ações, a escola técnica visa entender o comportamento dos compradores e vendedores, tomando suas decisões com base na lei da oferta e da procura. Esse tipo de análise tem como objetivo as operações de curto prazo.

Os investidores dessa escola fazem uso de gráficos, sempre buscando acompanhar a variação dos preços das ações. Eles encontram as tendências de alta e baixa e preveem o cenário do mercado para as próximas horas, dias, semanas e meses.

Tudo isso é feito usando a probabilidade estatística. Esse conhecimento sobre o mercado e as tendências deixa os investidores mais confortáveis para investir, porque reconhecem as mudanças e podem se adaptar aos possíveis cenários com mais facilidade.

Escola fundamentalista

A análise fundamentalista é vista como a melhor opção para avaliar o valor de uma ação, não seu preço. Isso significa que, nessa escola, os investidores buscam entender o quanto uma ação pode render a longo prazo, em vez de olhar seu preço e pequenas valorizações a curto prazo.

Para fazer isso, os investidores avaliam a saúde financeira da empresa, isto é, os balanços, as estratégias do negócio, as tendências para o setor, os acionistas majoritários e a concorrência.

Além disso, adeptos da escola fundamentalista não deixam de fazer uma análise profunda sobre o cenário político e econômico, que pode interferir no valor das ações. Eles acompanham notícias e planos de governo e só tomam sua decisão depois de avaliar cada detalhe.

Dessa forma, os investidores fundamentalistas compram as ações apostando no crescimento da empresa. O objetivo deles é que o valor dos papéis comprados seja maior do que o da renda fixa, por isso apostam no longo prazo e os resultados aparecem depois de anos de investimento.

Qual é o seu perfil para ações?

Agora que você já tem uma ideia de quais são os objetivos da análise fundamentalista e da análise técnica, precisamos falar sobre seu objetivo como investidor. Existem dois perfis que chamam muito a atenção na bolsa de valores: as pessoas que apostam no longo prazo e aquelas que fazem operações em curto prazo.

Como você deve estar imaginando, isso tem muito a ver com a estratégia que cada um emprega, mas também com o dinheiro que é usado e com a personalidade do investidor. Pessoas com um perfil mais ansioso, por exemplo, podem sofrer bastante ao apostar no longo prazo. Que tal falarmos um pouquinho sobre cada um dos perfis?

Investidor a longo prazo

Investidores que preferem a análise fundamentalista tendem a ficar com as ações das empresas por longos períodos. Um grande exemplo de investidor que faz isso é o famoso Warren Buffet, que é visto por muitos como um dos maiores investidores que já existiu.

Para Buffet, uma ação não é um simples papel. Ele vê essa compra como a aquisição de um pedaço de um negócio — o que não deixa de ser verdade, já que você vira um sócio da empresa. Por isso, prefere negócios dos quais ele entende, ou seja, que estão em sua competência.

Warren Buffet se tornou uma das maiores referências para a escola fundamentalista exatamente por causa dessas suas características. Ele não compra papéis, mas investe em empresas que conhece, cujo negócio ele entende, e consegue prever os cenários para o setor em que elas estão inseridas.

Investidor a curto prazo

Contrapondo os investidores a longo prazo, temos os especuladores. Muito ligados à escola técnica, esse perfil foca seus esforços em ganhos a curto prazo, sempre analisando o preço das ações e tentando ganhar com as tendências. Aqui também temos um grande representante, seu nome é George Soros.

Graças a sua capacidade de análise impecável, Soros ganhou o título de “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra”. Na ocasião em que ganhou o título, ele conquistou 1 bilhão de libras ao apostar contra a moeda corrente do Reino Unido.

Além disso, foi ele quem popularizou o termo “especulador” graças a sua habilidade de fazer operações flexíveis em curto e médio prazo. Para Soros, não podemos prever o que vai acontecer com o mercado, apenas é possível supor algumas tendências e arriscar.

Por isso, diz que seu sucesso é fruto dos seus erros. Para ele, a riqueza que conquistou é a prova de que conseguiu arrumar toda as aplicações erradas que fez. Essa é a base para quem quer investir no curto prazo: aprender constantemente e sempre corrigir os próprios erros.

Esses dois grandes investidores são um exemplo clássico de cada uma das estratégias em ação. Mas lembre-se de que eles são exceções. A maioria dos investidores não vai ganhar 1 bilhão de libras da noite para o dia.

Por isso, escolha a estratégia que mais combina com você e com seus talentos. Não seja levado pelas oportunidades de ganhos bilionários em curto prazo. Ao mesmo tempo que Soros diz que não dá para prever o futuro do mercado, Buffett diz que desconfia de quem promete lucro imediato.

Quais são os custos e os riscos do mercado de ações?

Dentre todas as questões que envolvem ações, os custos operacionais tendem a ser ignorados por investidores iniciantes. O problema é que esses gastos interferem significativamente no resultado obtido em cada operação.

Por isso é preciso tomar muito cuidado, avaliar todos os cenários e investir só depois de levar em conta todo o dinheiro que será gasto, não apenas o valor da ação. Afinal de contas, a bolsa de valores é um ambiente que muda a cada segundo.

Mesmo que você compre boas ações e que elas valorizem, os custos operacionais podem acabar com seu lucro, principalmente quando o capital investido for muito baixo. Por outro lado, os grandes ganhos sempre podem acontecer e o cuidado com o investimento vai garantir um lucro ainda maior.

Dessa forma, é importante falarmos um pouco sobre os verdadeiros custos e riscos do investimento na bolsa de valores.

Os custos podem atrapalhar seu lucro

Dentre os custos operacionais, o mais impactante para os investidores é a corretagem. Essa é uma taxa que é cobrada pelas corretoras sempre que uma ordem de compra ou venda é emitida. O custo da corretagem varia bastante de uma corretora para outra.

O perigo mora exatamente nisso. Imagine, por exemplo, que você investe em uma corretora que cobra R$ 10,00 por ordem emitida. Se a compra de ações feita girar em torno de R$ 20,00, seria necessária uma valorização de mais de 100% para que a venda ficasse no zero a zero.

Isso acontece porque você precisa recuperar os R$ 20,00 da ação, os R$ 10,00 da ordem de compra e os R$ 10,00 da ordem de venda. É por detalhes como este que vários investidores iniciantes perdem dinheiro na bolsa. Afinal de contas, grandes empresas dificilmente dobram de tamanho rapidamente.

Além disso, também precisamos levar em conta o preço dos papéis. Será que vale a pena comprar várias ações baratas ou poucas, mas de valor mais elevado? Empresas pequenas tendem a crescer mais rapidamente, mas também perdem valor de mercado com facilidade.

As empresas grandes, por sua vez, são mais consistentes, mas oscilam pouco ao longo dos dias e vemos as grandes variações apenas depois de muitos anos. É claro que isso pode mudar no caso de uma crise econômica, uma nova estratégia do negócio ou alguma questão política, mas não é tão comum.

Somado a esses fatores, algumas corretoras também cobram a taxa de custódia. Esse é um valor cobrado pela guarda das ações. Existem corretoras que optam por não fazer essa cobrança e outras que cobram apenas nos meses em que o investidor não emitiu ordens de compra ou venda.

Apesar desses valores, é bem comum que as corretoras vendam pacotes de corretagem. Eles são muito úteis para quem quer fazer várias compras e vendas, como é o caso do day trader (quem compra e vende ações no mesmo dia). Com esses pacotes é possível reduzir significativamente os custos operacionais.

O mercado de ações tem vários riscos

O cuidado com os custos operacionais é só a ponta do iceberg. Os riscos de investir em ações são bem mais amplos do que apenas isso.

Podemos começar falando de estratégias usadas de maneira equivocada. Na análise técnica, por exemplo, é preciso entender as tendências do mercado, correto? Só que isso não significa que se uma ação começou a subir é porque seus papéis vão ficar cada vez mais valorizados.

Caso esteja acontecendo um efeito manada (vários investidores comprando ou vendendo um mesmo ativo sem um motivo racional aparente), você pode ser levado a acreditar que o que o gráfico mostra são tendências reais. Entretanto, esses números são causados por uma movimentação que tende a acabar em pouco tempo.

Já na análise fundamentalista, apostar em um setor apenas porque você acredita nele é um erro grave. Não basta gostar, é preciso que a empresa tenha espaço para crescer, encontre um público certo e, principalmente, tenha um plano de negócio muito bem elaborado.

Para além dessas questões mais estratégicas, as ações também têm risco de liquidez. Mesmo sendo relativamente fácil vender os papéis de grandes empresas, você pode encontrar dificuldade para achar compradores de ações de companhias menores.

Dependendo da urgência, vai ser necessário reduzir o valor da venda e assumir o prejuízo conscientemente.

Outro problema do investimento em ações é a falta de previsibilidade. Como Soros disse, é impossível prever o que realmente vai acontecer. O problema é que essa imprevisibilidade é muito ampla.

Tudo que acontece na economia ou na política mundial pode, sim, interferir nos ativos da sua carteira. Caso o dólar suba, o preço da matéria-prima de várias empresas também aumenta, o que eleva os custos operacionais e o preço final dos produtos ou serviços.

Apenas essa mudança na cadeia produtiva é o suficiente para reduzir o número de clientes de uma empresa e reduzir seu valor de mercado. Se somarmos isso a outros fatores, como o cenário incerto da política brasileira, a situação fica ainda mais complicada.

A ajuda de um assessor é indispensável

Apesar disso, o mercado de ações não é um caos. O investidor não precisa de sorte, mas sim de conhecimento. Quanto melhores forem as análises feitas, menores são as chances de perder dinheiro por uma compra errada.

Ao usar as análises corretas (fundamentalista e técnica) e comprar as ações com a estratégia adequada (curto ou longo prazo), as chances de sucesso são muito maiores. Além do mais, quem opera na bolsa de valores são humanos, ou seja, você só precisa estar um passo à frente dos outros investidores.

Porém, nem sempre dá para fazer isso apenas estudando. Em muitos casos, a experiência de mercado é o que realmente faz a diferença. Profissionais que atuam a vários anos na área acabam se acostumando com as oscilações do mercado e conseguem identificar o que é um efeito manada e o que é uma tendência.

Em função disso, um serviço de assessoria de investimentos é fundamental. Até investidores experientes conseguem se beneficiar das informações passadas por esses profissionais. Para um iniciante, então, a assessoria é indispensável.

Por meio desse serviço personalizado de investimentos, você pode poupar na hora de analisar o mercado. Além de ficar mais tranquilo em função da segurança que isso traz, o risco de comprar produtos que não se adequam ao seu perfil é menor.

Dessa forma, investir na bolsa pode ser seguro e muito rentável. Basta tomar cuidado com os principais erros dos investidores, contar com a ajuda de um bom assessor e, principalmente, ter paciência para esperar os resultados acontecerem.

Se você se interessou pelo assunto e quer se aprofundar ainda mais, fique atento aos novos conteúdos do nosso blog. Se você também deseja investir na bolsa de maneira inteligente, entre em contato conosco que vamos te ajudar!

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