Na semana passada, tivemos a primeira reunião do Comitê de Política Monetária de 2022, que decidiu por unanimidade elevar a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano. O Comitê ressalta que, em seu cenário de referência para inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções, dado que a inflação ao consumidor segue surpreendendo negativamente.
Com isso, entende-se que essa decisão da alta da Selic seja compatível para convergência da inflação para as metas, ao longo dos anos de 2022 e 2023. Em relação aos próximos passos, o Copom antevê que não fará outro ajuste de mesma magnitude, reduzindo o ritmo de ajuste da Selic.
Dessa forma, enxergamos a possibilidade de aumento de 100 bps na reunião de março e 50 bps na reunião de maio, com a permanência desse cenário até final de 2022, iniciando os cortes somente em 2023.
Na prática, devemos ver uma diminuição na volatilidade na parte curta da curva de juros, diminuição dos spreads de ativos pós-fixados e aumento dos spreads nos ativos prefixados. Para o investidor, continua sendo atrativa a diversificação da carteira entre os benchmarks para diluição do risco.