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Os 7 maiores riscos de investir em criptomoedas

Os 7 maiores riscos de investir em criptomoedas

Qualquer investimento requer a consciência de que, apesar do seu retorno, há a possibilidade de risco. Ainda que uma aplicação seja inovadora e tecnológica, como as criptomoedas, ela está longe de ser cem por cento segura.

Se você está pensando em investir em moedas digitais, é fundamental conhecer bem o assunto para não cair no prejuízo. Para saber mais, continue a leitura e entenda o que são criptomoedas e quais são os maiores riscos de se investir nesse tipo de moeda!

O que são criptomoedas?

As criptomoedas são moedas virtuais desenvolvidas exclusivamente para serem usadas no mundo on-line. Isso significa que, diferentemente do dinheiro que conhecemos (real, dólar ou euro, por exemplo), elas só existem digitalmente.

Atualmente, a bitcoin é a criptomoeda mais conhecida do mercado. Ela já chegou a ter uma grande valorização, sendo negociada em 20 mil dólares. Mas, hoje em dia, a moeda vale pouco mais de 8 mil dólares.

Um dos grandes diferenciais das bitcoins é que ninguém sabe a verdadeira identidade de quem as criou. As únicas coisas que sabemos é que seu possível nome é Satoshi Nakamoto e que as bitcoins foram desenvolvidas em 2009. Além disso, a moeda tem um limite de produção: até o ano de 2140, só poderão ser produzidas 21 milhões de criptomoedas.

Agora que você já sabe o que são as moedas digitais, vamos explicar melhor como elas funcionam. Acompanhe no próximo tópico!

Como as criptomoedas funcionam?

A base para o funcionamento dessas moedas é uma plataforma digital chamada Blockchain. Esse programa é uma espécie de livro contábil, responsável pelos registros e validação das transações. O curioso é que essa plataforma é “administrado” pelos próprios usuários das bitcoins.

Para emitir as moedas é preciso que um computador resolva problemas matemáticos bastante complexos. Conforme resolvidos, são liberadas quantidades da criptomoeda. É importante destacar que toda vez que uma operação acontece e é registrada, ela nunca mais poderá ser apagada do blockchain.

Por ser um sistema descentralizado, essa tecnologia permite que qualquer um tenha acesso ao que acontece. Mas, se existe esse risco, como a bitcoin ainda é tão buscada? Continue a leitura e saiba mais!

Como a bitcoin ficou tão popular?

A bitcoin existe há quase dez anos e, durante boa parte desse período, a moeda teve pouca atenção do mercado. Entretanto, nos últimos anos ela passou por uma forte valorização. A criptomoeda valia 200 dólares no final de 2013 e, em menos de um mês, passou a valer cerca de mil dólares. Esse valor caiu quase pela metade em 2014 e, três anos depois, teve um aumento de 1.000%.

Para muitos, apesar de os preços variarem muito, o seu alto valor destacou a possibilidade de investimento e fez com que ficasse bastante popular. Isso sem contar a praticidade: só era preciso ter um computador comum e internet para produzi-las.

É claro que esse cenário mudou. Hoje, para produzir bitcoins é necessário um aparelho extremamente potente para passar horas processando e resolvendo as equações. Isso limitou um pouco o seu acesso, mas não tirou o mérito, sendo uma possibilidade de aplicação mesmo após meses do seu auge.

Agora que você já entendeu melhor o assunto, é hora de falar sobre os riscos desse tipo de investimento. Vamos lá?

Quais são os maiores riscos de investir em moedas digitais?

1. Bolha financeira

As suspeitas de uma possível bolha financeira rondam o sistema bitcoin há um certo tempo, principalmente, porque essa moeda teve uma rápida e grande valorização. Para muitos economistas isso não é um bom sinal, as chances de isso se transformar em uma bolha e que estoure em breve é grande.

Para deixar claro, o conceito de bolha no mercado financeiro é de que, quando um investimento sofre muita especulação, seu preço fica supervalorizado. Como são preços que não condizem com o real, podem, em um momento, apresentar uma enorme desvalorização.

2. Proibição em alguns países

Mesmo com o crescimento e popularidade, para muitos países, essa moeda ainda é vista com certa desconfiança. Com isso, não é incomum que a sua utilização seja proibida. A China é um bom exemplo desse tipo de questão.

Por lá, qualquer operação com bitcoins é proibida. Sendo assim, nenhuma das instituições presentes no país reconhecem as negociações com a moeda. Para piorar, qualquer pessoa que tenha lucrado com a moeda deve devolver os valores. Além da China, outros países, como Bolívia e Equador também proíbem o seu uso.

3. Dinheiro sem lastro

As bitcoins existem apenas no mundo virtual, não apresenta nem mesmo uma forma, ela é uma espécie de código na internet. Isso traz um risco, pois nada pode comprovar o seu valor. Isso é muito diferente do dinheiro como conhecemos, em que sua garantia está na existência de uma economia legalizada e registrada. O que não é o que acontece com a bitcoin, em que a única forma de registro é o blockchain que, por sua vez, só está na internet.

4. Muita volatilidade

A volatilidade está relacionada com a quantidade de vezes que o preço de um investimento oscila. No caso das criptomoedas, podemos perceber que é uma aplicação que alterou os seus preços muitas vezes.

Qualquer pessoa que pretende investir nesse tipo de moeda deve estar a par de que um dia ela pode estar valendo muito e outro pode custar só a metade. O cenário piora, pois é um investimento sem regulamentação e que enfrenta barreiras para ser comercializada, principalmente, em determinados países.

5. Risco de pirataria e fraudes

Por ser um sistema relativamente novo, poucos sabem como guardar suas moedas com segurança. Essa falta de conhecimento é uma porta aberta para que hackers, vírus e outros problemas do mundo virtual tentem roubá-las.

Além do mais, apesar de o blockchain ser um sistema aberto e que todos têm acesso, isso não significa que não possa haver fraudes. Recentemente, uma bolsa que lidava com as criptomoedas, a Hong Kong GBL, fechou sem aviso prévio em novembro de 2017. Como consequência, 4,1 milhões de dólares em bitcoins sumiram deixando muitos investidores no prejuízo.

6. Sem regulamentação específica

A bitcoin é uma moeda gerada no meio digital, por uma pessoa que ninguém sabe a verdadeira identidade e tem uma natureza descentralizada.

Toda a sua segurança depende dos próprios usuários, já que eles que administram o blockchain. Além disso, muitos governos não sabem como enquadrá-la. Sendo assim, muitas de suas operações acontecem sem uma lei específica, o que pode não garantir a sua validação em certos lugares.

7. Bloqueio chinês

Como vimos, a China não é uma grande fã da moeda, inclusive, ela conta com o controle de um enorme firewall (dispositivo de segurança para o monitoramento de tráfego do que entra e sai da rede) capaz de bloquear a internet não só do país, como do resto do mundo.

Para os operadores chineses, responsáveis por 75% do processamento das moedas, caso o país resolvesse utilizá-lo, seria um grande problema, travando pagamentos e atrapalhando seriamente o sistema do blockchain. Tudo isso poderia gerar um enorme prejuízo para a performance da moeda no mercado.

Chegamos ao fim de mais um post. Se você leu tudo até aqui, já entendeu quais são os principais riscos de se investir em moedas digitais e como elas funcionam, certo?

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